segunda-feira, 13 de junho de 2011

No outono da Borboleta, o DEM faz cara de paisagem...

A Prefeita de Natal atravessa um delicado momento político. Vivendo um isolamento que só aumenta com o passar dos dias, abandonada que foi pelos poderosos aliados que ontem se acotovelavam em seu palanque, Micarla de Sousa parece caminhar para o seu ocaso político.

A imprensa local, durante quase dois anos tão amiga da prefeita verde, começa a destacar o caos administrativo que ela ajudou a criar. E dá-lhe destaque aos problemas na saúde pública e na educação. E, aqui e ali, matérias sobre o cabeludo problema dos aluguéis de prédios particulares para a administração municipal.

O aluguel de prédios para servir a órgãos públicos, diga-se de passagem, não é uma criação natalense. Menos ainda, produto exclusivo da gestão Micarla. Brasil afora essa situação escandalosa se repete. Não estou dizendo que existe malversação do dinheiro público em todos os contratos de aluguéis, mas é absurdo que se desperdice tanto dinheiro com alugueis quando temos prédios públicos que, com algumas reformas, poderiam sediar, e bem, muitos órgãos.

Para além dos aluguéis, importa chamar a atenção para o fato de que o Fora Micarla, movimento levado adiante por jovens estudantes natalenses, tem tudo para ser a reedição dos cara-pintadas do “Fora Collor”. Pode funcionar. Até porque existem interesses políticos razoavelmente fortes que seriam beneficiados com a desgraça política da borboletinha.

Dentre esses beneficiários, encontra-se o DEM. Os seus caciques, não se pode esquecer desse detalhezinho, bancaram a candidatura de Micarla em 2008. Com discursos e recursos humanos e materiais. Quando a borboleta fez a sua metamorfose ao contrário e transformou-se em uma pesada e desastrada lagarta, o DEM pulou do barco e fez que não era com ele. Enquanto os caciques demistas fazem cara de paisagem, os órgãos de comunicação a eles subordinados dão vergastadas na prefeita.

O Fora Micarla, para ser conseqüente, deve avivar a memória política dos natalenses. Tem a obrigação de mostrar quem foram os embaladores da borboletinha na última eleição municipal. Do contráio, poderá estar levando águas para o moinho de algum "inho", filho de raposa felpuda.

Um comentário:

Anônimo disse...

Caro Edmilson,

a sua recomendação já vem acontecendo. As pessoas estão alertando para esta possível "consequência não intencional".
Todos estão informando quem apoiou Micarla de Sousa, inclusive, além dos políticos, setores empresariais.
Acho que é importante enfatizar algo novo. Se o DEM vinha apagando o fogo com gasolina, agora vem tentando queimar a atuação da esquerda no processo de liderança do movimento.
A impressão que fica é que eles estão temendo o crescimento de figuras vermelhas durante o movimento.
A apoio ao movimento por parte do DEM vem caindo. Em editorial de hoje, Janio Vidal, diretor da Tv Tropical, que no início defendeu o Fora Micarla, passou a criticá-lo.
Há outro fato interessante muitos políticos estão totalmente perdidos com a questão das redes sociais. É quase que diário ver as desastradas ações de secretários nesta seara.
Kalazans Bezerra, Thaisa Galvão e Salatiel de Souza, para ficar apenas nestes três, foram "se trocar" com twitteiros e foram saraivados por críticas e deboches.
O twitter, ao contrário do que tem muita gente dizendo, não faz política. Quem faz política são as pessoas. No entanto, esta ferramenta é fantástica no sentido de forjar novas relações sociais e uma "re-aproximação".
Enquanto que jovens de 20 anos brilham nas redes sociais, vereadores habilidosos patinam.
Há um apagão cognitivo.
O "especialista" em redes sociais está valendo mais do que ouro. Muitos oportunistas estão aproveitando para ganhar muito dinheiro oferecendo este tipo de consultoria. Algo que parece fazer parte.
PS. Micarla acredita que vai virar o jogo "patrocinando" as lideranças comunitárias. Acho que ela não aprendeu com 2010. As pessoas que ascenderam para a "classe C" não são tão facilmente compradas como foram no passado.
O campo mudou rapidamente, com a rápida mobilidade social, e os "especialistas" que fazem as campanhas em Natal ainda não conseguiram perceber. Levaram uma surra da mudança em 2010 e parece que vão levar outra em 2012.
Essa história de receber apoio de 100 lideranças comunitárias como ela alardeou não vai resolver a parada.

abs.

daniel